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III Encontro Nacional de Estudos Linguísticos e Literários e I Encontro Internacional de Pesquisas em Letras são realizados no Campus Caxias

Por: Emanuel Pereira - UEMA

Foi realizado entre os dia 25 e 27 de maio no Campus Caxias, o III Encontro Nacional de Estudos Linguísticos e Literários (ENAELL), tendo como tema “Língua, Literatura e Educação”, promovido pelo Curso de Letras. Simultaneamente, também ocorreu o I Encontro Internacional de Pesquisas em Letras (ENIPEL). Ambos foram transmitidos pelo YouTube.

A conferência de abertura foi ministrada por Elizabeth Ginway, da Universidade da Flórida (EUA) que falou sobre zumbis na literatura, de modo especial, na brasileira.

“Leitura: ontem, hoje e sempre” foi o tema da conferência desenvolvida pela professora Carla Viana Coscarelli, da Universidade Federal de Minas Gerais. Para ela, quando pensamos no que significa não saber ler percebemos a importância da leitura. “Imagine mexer no celular, votar, ir a uma agência bancária, sem saber ler. O não letrado sofre as consequências, fica marginalizado”, explicou.

O professor Elizeu Arruda, UEMA Caxias, apresentou o tema “Abrem-se as cortinas do teatro político caxiense: em cena, o Grupo Teatral Sombras”. Segundo ele “O Sombras atuou durante o rescaldo da ditadura militar. Havia engajamento e criticidade. Era um teatro político que formou consciência em seus integrantes. Os discursos entre arte e política estavam alinhados. Nas peças, queria-se que os espectadores passassem a ter comportamentos transformadores”, lembrou.

A música como tema poético em Portugal foi tratada pela professora Patrícia Ricarte, da Universidade Federal de Minas Gerais. “Essas obras são desenvolvidas por poetas que não são músicos, mas ouvintes. Os sons sugerem cores e há uma poesia de geração instrumental; a música tem um horizonte estético que a poesia busca”, revelou.

Sobre livros que tratam de fantasia, o professor Cláudio Moura, da Universidade Federal do Piauí, disse que, enquanto gênero, as obras são volumosas, pois apresentam sagas. No campo literário, o fantasiar é um elemento constitutivo – segue do autor ao leitor. Para ele, o fantástico é mais abrangente, não é apenas fantasia.

Já professora Márcia Langfeldt, citou a Medicina na literatura brasileira, comentando que, até hoje, 26 médicos foram eleitos para Academia Brasileira de Letras. O primeiro a ingressar foi Oswaldo Cruz, ao apresentar uma tese sobre micróbios, em 1912. Também há médicos que seguiram carreira literária, caso de Guimarães Rosa.

A professora Maria de Fátima, Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhou o uso de tecnologias em sala de aula. “Entre os alunos há uma dependência de conexão. Temos que colocar o aluno perto do professor, buscar interação, aproveitar as habilidades que os estudantes têm com esses recursos para o aprendizado. Após a pandemia as ferramentas digitais continuarão sendo usadas”, acredita.

Na conferência de encerramento, o professor Edimilson Pereira (Universidade Federal de Juiz de Fora) discorreu sobre “Ideias escritas no mar: uma cartografia das literaturas afrodiaspóricas”.  Ele informou que cerca de 12 milhões de africanos foram forçados a sair de seu continente (5 milhões chegaram ao Brasil). “Eram desqualificados, não eram considerados pessoas, mas cargas. Durante o percurso, tinham que abrir mão de seus valores para aceitar os dos outros. Quando chegavam em terra estranha, não podiam falar sua língua de origem. No Brasil, temos poucas indagações sobre o que teria acontecido com os africanos durante o trajeto da África para a Europa e América”, concluiu.

Os colaboradores do evento foram o Núcleo de Pesquisas em Literatura, Arte e Mídia (LAMID), Núcleo de Pesquisas de Literatura Maranhense (NUPLIM) e Liga Interdisciplinar dos Cursos de Letras (LICLE). As atividades foram coordenadas pela Profa. Dra. Solange Morais, diretora do Curso de Letras e Prof. Dr. Emanoel Pires.

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